A trama de Marcilio Moraes, exibida pela Record entre nov/2006 e ag/2007, foi o maior sucesso da TV nos últimos tempos. Vários fatos comprovam essa afirmação: o Ibope - poucas vezes uma trama fora da Globo atingiu tão bons índices -; mas, principalmente a resposta das ruas. Curiosa que sou, "estiquei" meus ouvidos, e era claro que as pessoas gostavam do que viam na telinha. Certa vez, na famosa Feira de São Cristóvão, do Rio, ficou evidente: quase todos os aparelhos estavam ligados na emissora do Recnov.
Marcílio foi ousado. Levou para a TV uma trama que tinha como um dos principais cenários uma favela. E, mais. Eles escolheram uma favela real, a Tavares Bastos, no Rio de Janeiro. O já conhecido romance "Romeu e Julieta" se desenvolvia entre uma mocinha favelada e um rico rapaz "do asfalto". Mostrou assim as mazelas sociais do Brasil como nenhum outro tinha feito. Nos deixou desnudos na tela de nossas casas. Todos os ingredientes de um bom folhetim estavam lá: vilões, mocinhos, mães agoniadas... Mas, Marcilio foi além, e levou seus atores e sua equipe ao "além".
O que dizer de Heitor Martinez? As pessoas chegaram a torcer para que o sangüinário bandido Jacson, o Rei do Torto, ficasse com a mocinha Joana (Maytê Piragibe), que deixaria de lado o bom-moço Miguel (Léo Rosa). Heitor conquistou o público, arrebatou as pessoas com uma interpretação visceral.
Jussara Freire também mereceu aplausos. Ela, que não tinha mais nada a provar a ninguém, nos trouxe uma emocionante Carmem.
Foram muitos os destaques desta trama que marcou a história da teledramaturgia nacional.
"Nunca me senti tão livre ao escrever uma novela", disse Marcilio Moraes.
Quem ganhou foi o público brasileiro.
ps. admito que tive ligações sentimentais com esta trama. Mestre Marcilio me presenteou com uma personagem: a jornalista da novela, interpretada por Nanda Ziegler, se chamava "Lathife", assim como eu. Mas, isso não invalida meus comentários acima, exaltando a qualidade da novela.
Lathife Cordeiro
. bloglalacordeiro@gmail.com
Marcílio foi ousado. Levou para a TV uma trama que tinha como um dos principais cenários uma favela. E, mais. Eles escolheram uma favela real, a Tavares Bastos, no Rio de Janeiro. O já conhecido romance "Romeu e Julieta" se desenvolvia entre uma mocinha favelada e um rico rapaz "do asfalto". Mostrou assim as mazelas sociais do Brasil como nenhum outro tinha feito. Nos deixou desnudos na tela de nossas casas. Todos os ingredientes de um bom folhetim estavam lá: vilões, mocinhos, mães agoniadas... Mas, Marcilio foi além, e levou seus atores e sua equipe ao "além".
O que dizer de Heitor Martinez? As pessoas chegaram a torcer para que o sangüinário bandido Jacson, o Rei do Torto, ficasse com a mocinha Joana (Maytê Piragibe), que deixaria de lado o bom-moço Miguel (Léo Rosa). Heitor conquistou o público, arrebatou as pessoas com uma interpretação visceral.
Jussara Freire também mereceu aplausos. Ela, que não tinha mais nada a provar a ninguém, nos trouxe uma emocionante Carmem.
Foram muitos os destaques desta trama que marcou a história da teledramaturgia nacional.
"Nunca me senti tão livre ao escrever uma novela", disse Marcilio Moraes.
Quem ganhou foi o público brasileiro.
ps. admito que tive ligações sentimentais com esta trama. Mestre Marcilio me presenteou com uma personagem: a jornalista da novela, interpretada por Nanda Ziegler, se chamava "Lathife", assim como eu. Mas, isso não invalida meus comentários acima, exaltando a qualidade da novela.
Lathife Cordeiro
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